Em 2025, a atenção virou um dos bens mais disputados da era digital. Um relatório da Bain & Company, embora de 2024, mostra dados que seguem atuais: 75% das pessoas consomem mídia enquanto fazem outras tarefas, e mais de 60% dividem o foco entre múltiplos formatos ao mesmo tempo. Para quem cria produtos digitais, desde startups a grandes plataformas, isso significa competir não apenas por usuários, mas por segundos de concentração.
Essa dispersão crescente está reconfigurando a forma como negócios nascem e crescem. Em vez de tentar falar com todo mundo, as startups estão aprendendo a falar com quem realmente escuta. É a lógica dos nichos: quanto mais saturado o ambiente, mais valor tem uma comunidade pequena, mas engajada. A atenção, antes vista como métrica de marketing, virou parte do produto.
Ao mesmo tempo, marcas e criadores estão testando novas estratégias para vencer a “economia da atenção”. Segundo o Parel Creative Report (2025), o conteúdo que mais retém público é o que se encaixa no ritmo natural de consumo, isto é, vídeos curtos, experiências interativas e narrativas personalizadas. A regra é simples: não é sobre gritar mais alto, mas sobre construir presença constante em pequenas doses.
No fim, a economia da atenção não é sobre disputar tempo, mas conquistar relevância. Num mundo em que todos têm algo a dizer, as startups que entendem como se conectar de forma genuína com seus públicos são as que conseguem transformar alguns segundos de atenção em relacionamentos duradouros.